Mesmo diante de um mundo em constantes mudanças e evoluções, principalmente tecnológicas, onde o acesso a informação esta cada dia mais fácil, nem sempre ela chega a todos e geralmente não consegue atingir o público certo, não havendo assim efetividade na comunicação.
Quando se trata do meio organizacional, não é muito diferente. As informações são geradas mas nem sempre causam impactos, nem geram mudanças de comportamento, ou até mesmo, resultam em ruídos, pois nem todos tiveram acesso, ou não houve divulgação adequada.
A partir destes exemplos, percebemos a importância de existir uma comunicação interna efetiva nas organizações, pois é através dela que “são feitas as interações, os processos de trocas e os relacionamentos dentro de uma empresa ou instituição”. (Leite, 2006)
Abaixo, ainda segundo a mesma autora, são apresentadas três características que comprovam a sua importância (Leite, 2006).
- Os colaboradores devem ser vistos como parceiros, e quanto mais bem informados estiverem, mais envolvidos com a empresa, a missão e o negócio, eles estarão;
- Deve ser dada uma maior atenção a opinião que eles tem a respeito da organização, pois é esta imagem que prevalece para o público externo. O colaborador pode alavancar ou destruir a imagem da empresa no qual trabalha, dependendo da percepção que tem dela;
- Toda organização está inserida em um mercado altamente competitivo. Com a globalização e a disseminação de novas tecnologias, a comunicação interna precisa ser valorizada e os canais que ela dispõe (jornal, intranet, murais, etc) disponibilizados de forma eficaz e atrativa para que realmente cumpra sua missão de integrar todo o quadro funcional de uma organização, pois comunicar é mais que informar, é atrair, é envolver.
Diante do exposto acima, Pasqualini (2006) afirma que a comunicação interna é essencial para manter a saúde organizacional. Ela tem como finalidade transmitir aos seus funcionários os acontecimentos, partilhar um sistema de valores, de procedimentos e de rituais próprios da organização (cultura organizacional), e acima de tudo firmar uma imagem positiva em suas mentes.
“… as empresas antes de vender um produto para seus clientes precisam convencer seus funcionários a comprá-lo. E hoje, principalmente, vender o produto para o funcionário passa a ser tão importante quanto para o cliente. Significa torná-lo aliado ao negócio, responsável pelo sucesso da corporação e igualmente preocupado com o seu desempenho” (Tavares, 2005:4).
A preocupação hoje não está somente voltada para a qualidade dos produtos e serviços oferecidos, o atendimento aos clientes, estrutura física, entre outros, são alguns fatores que ajudam na diferenciação, mas é a comunicação interna que sustenta a imagem da empresa. “A comunicação é uma ferramenta de extrema importância e necessidade seja qual for a sua área de atuação, ela é o fator determinante do sucesso ou fracasso da empresa junto ao cliente final, seja ele interno ou externo” (Freire, 2007).comunicacao. interna
Segundo Curvello, “a comunicação empresarial interna exerce papel estratégico na construção de um universo simbólico, que, aliado às políticas de administração de recursos humanos, visa aprimorar e integra os públicos aos princípios centrais da empresa. Para tanto, apropria-se de elementos constitutivos deste universo simbólico (histórias, mitos, heróis, rituais) na construção e veiculação das mensagens pelos canais formais (jornais, boletins, circulares, reuniões), numa permanente troca com o ambiente” (2002:11 apud Pasqualini, 2006:30).
Para Bortolotti (2008), “considera-se boa a comunicação em uma empresa, quando se definem objetivos claros, busca recursos humanos adequados às tarefas a serem executadas, empenha-se na motivação das pessoas, sabe buscar e compartilhar as estratégias mais adequadas para atingir os fins visados e, ainda, avalia e divide resultados”.
Diante da afirmação de Bortolotti, e dos comentários acima citados, é claro perceber que o objetivo da comunicação na empresa está em estabelecer um relacionamento saudável, melhorando o clima internamente, fazendo com que os envolvidos alcancem os objetivos traçados.
PRISCYLA CALDAS
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Referências:
Bortolotti, S. (2008). Comunicação Empresarial: interna e externa (documento online) Profissionalizando.org. Acedido em 05 de Junho de 2009, em: http://www.profissionalizando.org/carreira-e-emprego/60-dicas-para-seu-sucesso-profissional/178-comunicacao-empresarial-interna-e-externa
Freire, R. (2007). Comunicação Interna como ferramenta estratégica (documento online) Mundo do Marketing. Acedido em 07 de Junho de 2009 em: http://www.mundodomarketing.com.br/8,1259, comunicacao-interna-como-ferramenta-estrategica.htm
Leite, Q. A. G. (2006). A importância da Comunicação Interna nas Organizações (documento online) Universia Brasil. Acedido em 10 de Maio de 2009, em: http://www.universia.com.br/docente/ materia.jsp?materia=10790.
Pasqualini, J. A. (2006). A Integração da Comunicação Interna: O papel da comunicação interna atual. Monografia apresentada ao Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Universidade de São Paulo para obtenção do título de especialista, orientada por Arlindo Ornellas Figueira Neto, São Paulo.
Tavares, R. S. A. (2005). A importância da comunicação interna para o desenvolvimento organizacional: um estudo de caso em empresa brasileira. Dissertação apresentada ao Departamento de Administração da Universidade de São Paulo para obtenção do grau de mestre, orientada por Ana Cristina Limongi-França, São Paulo.