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“O papel e a importância do influenciador digital – porque o fim dos likes afeta a vida deles

Vi um ‘meme’ recente em que falava que o mundo atualmente se dividia em 4 profissões: designer de sobrancelhas, coach, uber e influenciador digital. Na hora achei engraçado, mas depois fiquei refletindo sobre o que estava por trás disso.

Com o aumento do desemprego, algumas profissões vem se destacando como alternativa para muitos profissionais e suas famílias, os influenciadores estão nesta lista. Nomes como Whindersson Nunes, Tirulipa, Felipe Neto e Carlinhos Maia, já estão entre os mais conhecidos no país e são donos de números bastante expressivos neste mercado, com isso, cada vez mais pessoas que sonham com resultados parecidos, investem nesta profissão.

Para o Wikipédia, influenciador ‘é o indivíduo que utiliza uma rede social para expressar análises e influenciar a opinião de outros indivíduos, através de publicações em texto ou vídeo online e, que são seguidos por um determinado público’. Para mim, influenciador qualquer um pode ser, tanto no digital quanto no ‘real’ e não está associado a uma mídia social, nem a quantidade de seguidores que possui.

Recentemente o Instagram retirou os likes e segundo o Facebook, a retirada foi devido ao fato da mídia social ter sido considerada tóxica e esta seria uma forma de minimizar isso. Para alguns especialistas, esta medida tem objetivos estratégicos e um deles é o de enfraquecer os influenciadores, direcionando os investimentos que iriam para estes profissionais, para serem destinados aos posts patrocinados.

O trabalho realizado pelos influencers, considero ser de grande importância. Já segui e sigo alguns que me ajudaram em diferentes momentos de minha vida, em assuntos ligados à moda, alimentação, transição capilar, entre outros. A troca de experiências e conteúdo compartilhado me ajudou e ajuda na tomada de algumas decisões, que sem eles para filtrar, demoraria muito tempo entre pesquisas e testes.

Apesar de ter papel importante, uma pesquisa realizada pela Universidade de Baltimore com a empresa de segurança digital Cheq, afirmou que apenas 4% dos internautas confiam realmente no que os influenciadores dizem. Isso se deve a crescente fraude apresentada neste segmento. Cerca de 50% dos dados dos influenciadores são ‘fake’, além da compra de likes, seguidores, comentários, realizados pelos ‘bots’ ou ‘clicks farms’ (fazendas que vendem estes números para app´s como Instagram), existem também os ‘wannabes’, que são aqueles que fazem viagens por conta própria mas ‘tagueam’ marcas, simulando que trata-se de uma viagem patrocinada, enfraquecendo com isso a relação dele com seus seguidores e da marca com seus clientes.

Há outros estudos que contradizem esta pesquisa, para a QualiBest, 50% dos internautas confiam nas avaliações realizadas pelos influencers, tomando como base a relação próxima que podem estabelecer com estes profissionais, já que estes sabem qual a melhor linguagem para se aproximar do seu público, conseguindo com isso estreitar a relação das empresas com os clientes.

Mesmo com pesquisas contraditórias, é notório o crescimento destes profissionais e o quanto a presença deles já faz parte da vida de muitos consumidores. Conheço alguns que fazem um trabalho sério e outros que não indicaria para um cliente por duvidar de seus dados/números. Enquanto não existir uma regulamentação formal desta atividade, aqueles que não realizam um trabalho sério, tornarão complicada a vida dos que assumem com seriedade esta forma de trabalho e utiliza o seu poder de influência, para levar verdade para os que o segue.

E você, qual sua experiência com/como influenciador digital?

Priscyla Caldas