Quinta-feira, 09 de maio, fui convidada para falar sobre o tema, ‘Feito é melhor que perfeito’. Nele, falo sobre diversas fraquezas minhas e como tento superá-las.
Não é fácil pra mim assumir isso, muito menos colocá-las em slides e contar para pessoas desconhecidas. Mas como havia me comprometido e pra mim palavra é contrato, não “podia” desistir.
Na noite anterior estava analisando o que falaria, como não consegui, angustiada tentei dormir colocando o despertador para acordar às 5h. Achei que sob pressão, antes da apresentação, conseguiria finalizar. Liguei para uma amiga, desabafei, deitei por volta de 23h, exatamente às 1:54h despertei achando que era 5h, quando olhei no relógio assustada, levantei e pensei, a madrugada será longa.
Nesse momento, fiquei pensando sobre tudo o que me angustiava e o que me fazia ‘passar por tudo aquilo’. Desde a primeira vez aos 11 anos, quando ensinei Jorge, meu irmão de consideração que na época tinha 17, na garagem da minha casa com um quadro, giz e um banquinho, a falar palavras como: problema, amarelo, claro, poltrona, que ele ingenuamente falava errado, por não ter tido na infância oportunidade de se alfabetizar, até minha passagem por Cuba e Estados Unidos e todas as lições que ganhei com as pessoas que conheci.
Qual era a minha ideia com aquele tema? Qual objetivo? Que mensagem queria deixar? E foi aí que encontrei a resposta. Se pelo menos uma pessoa ao sair da palestra, se conectasse com as mesmas dificuldades e a partir das minhas decisões, enxergasse saídas para o que lhe travava, minha missão estava cumprida. Mais um ‘Jorge seria salvo’.
Ao final da palestra, vi que a minha ‘dor’ era a de muitas das mulheres que lá estavam, além de abraços e lágrimas, algumas me disseram que precisavam ouvir aquilo para colocar em prática projetos que estavam na gaveta.
Como eu me senti? Aliviada, fortalecida e com a certeza de que valeu a pena. Agora é me preparar para novos encontros certa de que não se pode nem pensar em desistir! ??
#feitoemelhordoqueperfeito
Priscyla Caldas